As Vantagens da Rotação de Culturas

Solo no qual é utilizada a técnica de rotação de culturas. 
Na foto, plantação de alfaces.
Fonte: Larti Imagens

A técnica 
visa diminuir 
a exaustão do solo
e tornar o combate
a ervas daninhas e insetos
mais eficiente. 

Algumas pessoas tem perguntado se a rotação de culturas é mais lucrativa do que a monocultura. Para responder a elas, recorri a uma pesquisa procurando saber o que os especialistas dizem a esse respeito. Eles informam que a rotação de culturas é uma técnica agrícola que visa conservar o solo por muito mais tempo diminuindo sua exaustão. A troca de culturas é feita a cada novo plantio, o que permite que as necessidades de adubação sejam diferentes a cada ciclo. As espécies vegetais são alternadas numa mesma área e as espécies colhidas com finalidades comerciais e de recuperação do solo. A escalação de diferentes culturas causa a obrigatoriedade da rotação de inseticidas e herbicidas, melhora o controle de plantas daninhas e torna o combate aos insetos mais eficaz. 

Os especialistas explicam que a monocultura, um dos sistemas agrícolas mais tradicionais do Brasil, é uma sucessão como, por exemplo, a do tipo trigo/soja. Segundo eles, a monocultura provoca a degradação física, química e biológica do solo. Isto causa queda na produtividade e cria condições que facilitam o desenvolvimento de doenças nos vegetais, além de favorecer pragas e o desenvolvimento de ervas daninhas. Nas regiões do Cerrado, onde predomina a cultura de soja, é preciso introduzir outras espécies, sendo preferenciais as gramíneas como o milho e pastagens. 

Na rotação de culturas, as espécies vegetais são alternadas uma vez por ano. As vantagens são muitas. Umas das principais é que o sistema favorece a produção diversificada de alimentos e outros produtos agrícolas se a rotação for adotada e conduzida de forma correta. Para isto devem ser priorizadas no planejamento as plantas comerciais. Sempre que for possível, devem ser associadas espécies que produzam grandes quantidades de biomassa e de rápido desenvolvimento. Preferencialmente, essas mesmas espécies devem ser cultivadas isoladamente ou em conjunto com outras culturas comerciais. É importante que o agricultor utilize todas as tecnologias possíveis para tal finalidade. 

A seleção das espécies

O sistema deve ser bem flexível para atender satisfatoriamente, e ao mesmo tempo, às exigências da região e às perspectivas de comercialização dos produtos. A rotação de culturas causa diversificação nas atividades na propriedade. Isto propicia o estabelecimento de esquemas que envolvam apenas culturas de produção anual (arroz, feijão, sorgo, algodão, etc.) e pastagem. Nos dois casos é necessário o planejamento a médio e longo prazos para que a implementação seja viável. 

As espécies vegetais envolvidas devem ser consideradas sob o ponto de vista de exploração comercial ou destinadas somente à cobertura do solo. A escolha para a cobertura do solo é feita para obter grande quantidade de biomassa. Para isto devem ser escolhidas plantas forrageiras, gramíneas e/ou leguminosas. Plantas com hábitos de crescimento e necessidades nutricionais diferentes podem causar interrupção nos ciclos de pragas e doenças, redução de custos e aumento no rendimento da cultura principal.

Para mais informações, consulte o site oficial da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa.