quinta-feira, 19 de março de 2015

Wagyu - o gado de corte japonês

Por causa de seu aspecto,
a carne do Wagyu é chamada de "marmorizada".
A carne é muito gordurosa
e muito cara 
para os padrões brasileiros.


A criação de gado Wagyu como gado para corte teve início no Brasil no começo da década de 1990. Para muitos criadores, ainda é uma novidade. Há os que duvidam das possibilidades de lucros, já que a carne é extremamente cara. Além disto, é muito gordurosa. É chamada "carne marmorizada" por apresentar um aspecto semelhante ao do mármore, causado pelo excesso de gordura (a parte branca). Um bife chega a custar mais de R$ 200,00 num restaurante. Na verdade, é uma das carnes mais caras do mundo, chegando a valer mais de mil dólares por quilo no próprio Japão, país de origem da raça. Em São Paulo (SP), um quilo da carne pode chegar a custar R$ 240,00.
A justificativa para o preço tão alto é exatamente a presença da gordura entre as fibras. Segundo especialistas, é isto que a torna mais saborosa e macia do que as carnes de boi já bem conhecidas pelos consumidores brasileiros. Pela mesma razão é quase sempre servida apenas levemente grelhada e com pouco sal. 

No Brasil, criação de Wagyu inclui alimentação balanceada.

Wagyu significa, literalmente, "boi japonês" em japonês. No entanto, o primeiro casal dessa raça trazido para o Brasil veio dos Estados Unidos, através da Yakult, empresa japonesa que fabrica produtos alimentícios. O objetivo dos donos da Yakult era investir em carnes de gado diferente e melhorar a genética do gado já existente no Brasil. A Yakult tem uma fazenda em Bragança Paulista, no interior do estado de São Paulo, com 500 cabeças do maior gado sem cruzamentos com outras raças, segundo a Associação Brasileiras de Criadores de Bovinos da Raça Wagyu. Tradicionalmente os bois brasileiros são alimentados com capim, nos pastos, e eventualmente, durante alguns meses, recebem ração para ganhar peso. Os da raça Wagyu destinados ao abate não pastam. Eles são mantidos em áreas de confinamento onde são alimentados com milho, soja, trigo e cevada ou resíduos de cerveja.
Cada animal chega a pesar cerca de 800 kg e, segundo o veterinário Rogério Uenishi, garante 250 kg de carne de boa qualidade. A parte mais valorizada é o contrafilé, que chega a custar R$ 240,00 o quilograma. A picanha pode ser comprada por R$ 168,00. Nos supermercados de São Paulo, pode-se comprar 1 kg de file-mignon e 1 kg picanha em bifes por R$ 54,00 e R$ 47,00, respectivamente. No Brasil, as variedades de gado Wagyu mais conhecidas são o Black Wagyu Mocho ("Wagyu Mocho Preto" em inglês), o Black Wagyu ("Wagyu Preto") e o Brown Wagyu ("Wagyu Marrom). O animal que aparece na foto (arquivo Google) é um Black Wagyu Mocho. 

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